Amor Mariano: Agora estaremos
estudando sobre cada parte da Santa Missa. Estarei colocando poucos
comentários nesse post para evitar que se torne extenso e acabe ficando
cansativo.
As Partes da Celebração:
-
- Entrada e saudação
- Ato Penitencial e hino de louvor
- Liturgia da palavra
- Profissão de Fé
- Oração dos fiéis
- Liturgia Eucarística
- Rito da comunhão
- Ritos finais
- Considerações Gerais sobre a Santa Missa
- Preparação do altar para celebração da Santa Missa
- As Vestes Litúrgicas
O SIGNIFICADO E O VALOR DE CADA PARTE:
Na entrada a Comunidade recebe o celebrante, ao mesmo
tempo que responde: “Eis me aqui Senhor!”, vim para atender o vosso
chamado, vim para louvar, agradecer, bendizer, adorar e estou
inteiramente a seu dispor.
Na saudação inicial o Sacerdote ou Minístro da
Eucarístia, invoca a Santíssima Trindade, onde Jesus já se faz presente
na celebração, pois ele mesmo disse: “Onde dois ou mais estiverem
reunidos em meu nome, ali estarei Eu no meio deles”.
Livres das preocupações mundanas, nesse momento e
nesse lugar sagrado que é a igreja, o ser humano se torna iluminado na
medida em que se coloca totalmente nas mãos de Deus e se entrega a um
momento sagrado de união com os irmãos e com a Santíssima Trindade.
Vai começar a Celebração. É o nosso encontro com
Deus, marcado pelo próprio Cristo. Jesus é o orante máximo que assume a
Liturgia oficial da Igreja e consigo a oferece ao Pai. Ele é a cabeça e
nós os membros desse corpo. Por isso nos incorporamos a Ele pra que
nossa vida tenha sentido e nossa oração seja eficaz.
Durante o canto de entrada, o padre acompanhado dos
ministros, dirige-se ao altar. O celebrante faz uma inclinação e depois
beija o altar. O beijo tem um endereço:não é propriamente para o mármore
ou a madeira do altar, mas para o Cristo, que é o centro de nossa piedade.
O padre dirige-se aos fiéis fazendo o sinal da cruz. Essa expressão “EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO”,
tem um sentido bíblico. Nome em sentido bíblico quer dizer a própria
pessoa. Isto é, iniciamos a Missa colocando a nossa vida e toda a nossa
ação nas mãos da Santíssima Trindade.
Nesse momento, toda a Comunidade, cada membro
individualmente e todos nós temos nossas fraquezas, limitações e
misérias, e, somos um povo Santo e Pecador.
O Ato Penitencial é um convite para cada um olhar
dentro de si mesmo diante do olhar de Deus, reconhecer e confessar os
seus pecados, o arrependimento deve ser sincero. É um pedido de perdão
que parte do coração com um sentido de mudança de vida e reconciliação
com Deus e os irmãos.
Quando em nosso dia-dia temos alguma obrigação a
cumprir, seja ela profissional, social e lazer, nos preocupamos com
nossa higiene pessoal e também com nossa aparência. Quando estamos
para participar em corpo e alma de uma Santa Missa temos que nos
preocupar com a limpeza de nosso coração alma e mente, pois mais
importante que a aparência física, é ter uma alma limpa e livre de
qualquer mal e pecado que possa impedir de nos aproximarmos de Jesus.
Assim fazemos um Ato Penitencial, onde a comunidade e
cada um dos fiéis, reconhecendo a condição de pecador, com verdadeiro e
profundo arrependimento e, com o firme propósito de não cometê-los mais, suplicamos a misericórdia de Deus e seu eterno amor, que pela intercessão de Jesus Cristo nosso Salvador, somos perdoados.
Após recebermos o perdão de Deus, concedido por sua
infinita bondade através da invocação do Sacerdote, proclamamos com o
coração aliviado o nosso hino de louvor e glória pela graça recebida.
Atenção: O perdão recebido no Ato Penitencial não significa
que estamos isentos do sacramento da Confissão. Depois de fazer um
completo exame de consciência, devemos nos confessar com um Sacerdote,
principalmente quando cometemos um pecado grave ou mortal. E também não
dá a ninguém que não faça a confissão, o direito a participar da
Comunhão. Esse perdão é só para aqueles que se confessam sempre e que
não estejam em pecado grave e que participam todos os domingos da
Santa Eucaristia. Assumem o risco de aqueles que não tomam esses cuidados de cometer um pecado maior.
GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS
O Glória é um hino antiquíssimo e venerável, pelo
qual a Igreja glorifica a Deus Pai e ao Cordeiro. Não constitui
aclamação trinitária. Louvamos ao Pai a ao Filho, expressando através do
canto, a nossa alegria de filhos de Deus.
OREMOS é seguido de uma pausa este é o momento que o
celebrante nos convida a nos colocarmos em oração. Durante esse tempo de
silêncio cada um faça mentalmente o seu pedido a Deus. Em seguida o
padre eleva as mãos e profere a oração, oficialmente, em nome de toda a
Igreja. Nesse ato de levantar as mãos o celebrante está assumindo e
elevando a Deus todas as intenções dos fiéis. Após a oração todos
respondem AMÉM, para dizer que aquela oração também é sua.
Após o AMÉM da Oração, a comunidade senta-se mas deve
esperar o celebrante dirigir-se à cadeira. A Liturgia da Palavra tem um
conteúdo de maior importância pois é nesta hora que Deus nos fala
solenemente. Fala a uma comunidade reunida como “Povo de Deus”.
A liturgia da Palavra é composta das seguintes fases:
-
Primeira Leitura: geralmente
é tirada do Antigo Testamento, onde se encontra o passado da História
da Salvação. O próprio Jesus nos fala que nele se cumpriu o que foi
predito pelos Profetas a respeito do Messias.
-
Salmo: após a
Primeira Leitura, vem o “SALMO RESPONSORIAL”, é uma resposta à mensagem
proclamada para ajudar a Assembléia a rezar e a meditar na Palavra
acabada de proclamar. Pode ser cantado ou recitado.
- Segunda Leitura: Epístolas –
é sempre tirada das Cartas de Pregação dos Apóstolos (Paulo, Thiago,
João etc…) às diversas comunidades e também a nós, cristãos de hoje.
-
Canto de Aclamação: terminada
a Segunda Leitura, vem a Monição ao Evangelho, que é um breve
comentário convidando e motivando a Assembléia a ouvir o Evangelho. O
Canto de Aclamação é uma “espécie” de aplauso para o Senhor que vai nos falar. (Amor Mariano: o CANTO é uma espécie de aplauso, NÃO devemos transformar o canto em gestos de palamas…)
-
O Evangelho de Jesus segundo
João, Marcos, Mateus e Lucas conforme o tema do dia, toda a Assembléia
está de pé, numa atitude de expectativa para ouvir a Mensagem. A Palavra
de Deus solenemente anunciada, não pode estar “dividida” com nada: com
nenhum barulho, com nenhuma distração, com nenhuma preocupação. É como
se Jesus, em Pessoa, se colocasse diante de nós para nos falar. A
Palavra do Senhor é luz para nossa inteligência, paz para nosso Espírito
e alegria para nosso coração.
-
Homilia: é a
interpretação de uma profecia ou a explicação de um texto bíblico.A
Bíblia não é um livro de sabedoria humana, mas de inspiração divina.
Jesus tinha encerrado sua missão na terra. Havia ensinado o povo e
particularmente os discípulos. Tinha morrido e ressuscitado dos mortos.
Missão cumprida! Mas sua obra da Salvação não podia parar, devia
continuar até o fim do mundo. Por isso Jesus passou aos Apóstolos o seu
poder recebido do Pai e lhes deu ordem para que pregassem o Evangelho a
todos os povos. O sacerdote é esse “homem de Deus”. Na homilia ele
“atualiza” o que foi dito há dois mil anos e nos diz o que Deus está
querendo nos dizer hoje.
Baseado nas leituras, sempre relacionadas entre si o
Sacerdote faz a explicação e reflexão do que foi ensinado. Esta é uma
hora muito importante da Santa Missa pois é quando aprendemos grandes
lições de vida e fazemos o firme propósito de aplicá-las em nossas
vidas. É também a hora em que podemos entender o poder da Palavra de
Deus que nos liberta e faz de nós seus novos apóstolos.
As leituras são escolhidas pela Santa Igreja conforme
o tempo que estamos vivendo, isto é, de acordo com o Calendário
Litúrgico: tempo comum, Advento, Natal, Quaresma, Páscoa, Pentecostes e
para missas especificas como Batismo Primeira Comunhão, Crisma, etc..
A comunidade professa sua fé em comunhão com os
ensinamentos da Igreja e pela liturgia da palavra, confessando crer em
toda doutrina Católica, no perdão dos pecados e na presença viva de
Jesus. A fé é a base da religião, o fundamento do amor e da esperança
cristã. Crer em Deus é também confiar Nele. Creio em Deus Pai, com essa
atitude queremos dizer que cremos na Palavra de Deus que foi proclamada e
estamos prontos para pô-la em prática.
A Comunidade unida em um só pensamento e desejo eleva
a Deus seus pedidos e anseios, pedidos coletivos e também pessoais.
As orações podem ser conforme o tempo litúrgico ou campanhas da igreja,
como por exemplo a Campanha da Fraternidade. Depois de ouvirmos a
Palavra de Deus e de professarmos nossa fé e confiança em Deus que nos
falou, nós colocamos em Suas mãos as nossas preces de maneira oficial e
coletiva. Mesmo que o meu pedido não seja pronunciado em voz alta, eu
posso colocá-lo na grande oração da comunidade. Assim se torna oração de
toda a Igreja.
Na Santa Missa , o Povo de Deus é convidado e
reunido, sob a presidência do Sacerdote, que representa a pessoa de
Cristo para celebrar a memória do Senhor. Iniciam-se com as oferendas. A
comunidade oferece seus sacrifícios através do pão e do vinho entregues
ao Sacerdote para a transformação.
As principais ofertas são o pão e vinho. Essa
caminhada, levando para o altar as ofertas, significa que o pão e o
vinho estão saindo das mãos do homem e da mulher que trabalham. As
demais ofertas representam igualmente a vida do povo, a coleta do
dinheiro é o fruto da generosidade e do trabalho dos fiéis. Deus não
precisa de esmola porque Ele não é mendigo e sim o Senhor da vida. A
nossa oferta é um sinal de gratidão e contribui na conservação e
manutenção da casa de Deus.
Na Missa nós oferecemos a Deus o pão e o vinho que, pelo poder do mesmo Deus, mudam-se no Corpo e Sangue do Senhor. Um povo de fé traz apenas pão e vinho, mas no pão e no vinho, oferece a sua vida.
O sacerdote oferece o pão a Deus, depois coloca a
hóstia sobre o corporal e prepara o vinho para oferecê-lo do mesmo modo.
Ele põe algumas gotas de água no vinho que simboliza a união da
natureza humana com a natureza divina. Na sua encarnação, Jesus assumiu a
nossa humanidade e reuniu, em si, Deus e o Homem. E assim como a água
colocada no cálice torna-se uma só coisa com o vinho, também nós, na
Missa, nos unimos a Cristo para formar um só corpo com Ele. O celebrante
lava as mãos: essa purificação das mãos significa uma purificação
espiritual do ministro de Deus.
Prefácio é um hino “abertura” que nos introduz no
Mistério Eucarístico. Por isso o celebrante convida a Assembléia para
elevar os corações a Deus, dizendo “Corações ao alto!” É um hino que
proclama a santidade de Deus e dá graças ao Senhor.
O final do Prefácio termina com a aclamação Santo, Santo, Santo… é tirado do livro do profeta Isaías (6,3)
e a repetição é um reforço de expressão para significar o máximo de
santidade, embora sendo pecadores, de lábios impuros, estamos nos
preparando para receber o Corpo do Senhor.
Amor Mariano: Aqui cabe mais
uma observação sobre as palmas e grandes excessos cometidos no momento
do canto do Santo, Santo, Santo… Esse não é um momento de exaltação,
diversão e sim de fé contida em Jesus que se entrega como Cordeiro de
Deus para remir os pecados do mundo..
A Consagração do pão e do vinho,
é o momento mais importante da celebração.
Consagração do Pão e Vinho
Pelas mãos e oração do Sacerdote o pão e o vinho se
transformam em Corpo e Sangue de Jesus. O celebrante estende as mãos
sobre o pão e vinho e pede ao Pai que os santifique enviando sobre eles o
Espírito Santo.
Por ordem de Cristo e recordando o que o próprio
Jesus fez na Ceia e pronuncia as palavras “TOMAI TODOS E…” O celebrante
faz uma genuflexão para adorar Jesus presente sobre o altar.
Em seguida recorda que Jesus tomou o cálice em suas
mãos, deu graças novamente, e o deu a seus discípulos dizendo: “TOMAI
TODOS E…
“FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM!” aqui cumpre-se a vontade expressa de Jesus, que mandou celebrar a Ceia.
Novamente começa o Sacrifício de Jesus e diante de nós está o Calvário, e agora somos nós que estamos ao pé da Cruz. No silêncio profundo e no recolhimento
do nosso coração adoramos o nosso Salvador, que está crucificado diante
de nós. Devemos oferecer a Jesus, nossa vida, dores, misérias e
sofrimentos para ser crucificado junto com Ele, na esperança da Salvação
e da vida-eterna. Tudo isso não podemos ver com os olhos do corpo,
mas temos que ver com os olhos do coração e da alma.
“Tudo isso é Mistério da fé “
“EIS O MISTÉRIODA FÉ” – Estamos diante do Mistério de Deus. E o Mistério só é aceito por quem crê.
A Igreja está espalhada por toda a terra e além dos
limites geográficos: está na terra, como Igreja peregrina e militante;
está no purgatório, como Igreja padecente; e está no céu como Igreja
gloriosa e triunfante. Entre todos os membros dessa Igreja, que está no
céu e na terra, existe a intercomunicação da graça ou comunhão dos
Santos. Uns oram pelos outros, pois somos todos irmãos, membros da
grande Família de Deus.
A primeira oração é pelo Papa e pelo bispo
Diocesano, são os pastores do rebanho, sua missão é ensinar, santificar e
governar o Povo de deus. Por isso a comunidade precisa orar muito por
eles.
Rezar pelos mortos é um ato de caridade, a Igreja é
mais para interceder do que para julgar, por isso na Missa rezamos
pelos falecidos
Finalmente, pedimos por nós mesmos como “povo santo e pecador”.
POR CRISTO, COM CRISTO E EM CRISTO…
Neste ato de louvor o celebrante levanta a Hóstia e o cálice e a assembléia responde amém.
O Pai Nosso, não é apenas uma simples fórmula de
oração, nem um ensinamento teórico de doutrina. Antes de ser ensinado
por Jesus, o Pai-Nosso foi vivido plenamente pelo mesmo Cristo.
Portanto, deve ser vivido também pelos seus discípulos. Com o Pai Nosso
começa a preparação para a Comunhão Eucarística. Essa belíssima oração é
a síntese do Evangelho. Para rezarmos bem o Pai Nosso, precisamos
entrar no pensamento de Jesus e na vontade do Pai. Portanto, para eu
comungar o Corpo do Senhor na Eucaristia, preciso estar em “comunhão”
com meus irmãos, que são membros do Corpo Místico de Cristo.
Pai Nosso é recitado de pé, com as mãos erguidas, na posição de orante. Pode também ser cantado, mas sem alterar a sua fórmula.
Após o Pai Nosso na Missa não se diz amém pois a oração seguinte é continuação.
A paz é um dom de Deus. É o maior bem que há sobre a
terra. Vale mais que todas as receitas, todos os remédios e todo o
dinheiro do mundo. A paz foi o que Jesus deu aos seus Apóstolos como
presente de sua Ressurreição. Assim como só Deus pode dar a verdadeira
paz, também só quem está em comunhão com Deus é que pode comunicar a
seus irmãos a paz.
O celebrante parte a hóstia grande e coloca um
pedacinho da mesma dentro do cálice, que representa a união do Corpo e
do Sangue do Senhor num mesmo Sacrifício e mesma comunhão.
Tanto no Antigo como no Novo Testamento, Jesus é
apresentado como o “Cordeiro de Deus”.Os fiéis sentem-se indignos de
receber o Corpo do Senhor e pedem perdão mais uma vez.
Jesus agora está vivo e presente sobre o altar. É presença real no meio de nós e se manifesta em bondade e amor.
A Eucaristia é um tesouro que Jesus, o Rei imortal e
eterno, deixou como Mistério da Salvação para todos os que nele creem
Comungar é receber Jesus Cristo, Reis dos Reis, para alimento de vida
eterna.
Quem comunga recebendo a hóstia na mão, deve elevar a
mão esquerda aberta, para o padre colocar a comunhão na palma da mão. O
comungante imediatamente, pega a Hóstia com a mão direita e comunga ali
mesmo na frente do padre ou ministro. Ou direto na boca. Quando a comunhão é nas duas espécies, ou seja, pão e vinho, somente diretamente na boca.
Quando verdadeiramente preparados, somos convidados a
participar do Banquete Celestial. Jesus novamente realiza o milagre da
multiplicação, partilhando o seu Corpo e seu Sangue com a comunidade.
Agora seu Corpo descido da cruz não irá mais para o sepulcro, mas
vai ressuscitar dentro de cada um de nós.
É o momento sagrado em que Jesus fala diretamente
conosco, nos ilumina e dá forças para viver cada vez melhor para
podermos refletir sua imagem onde quer que estejamos.
Terminada a comunhão, convém fazer alguns momentos de silêncio para interiorização da Palavra de Deus e ação de graças.
É hora da reflexão final, tudo que sentimos e
vivemos, será completado pela benção final, pelas mãos do Sacerdote,
Deus nos abençoa.
É preciso valorizar mais e receber com fé a benção solene dada no final da Missa. E a Missa termina com a benção.
Ao deixarmos o interior da Igreja, a celebração deve
continuar em cada momento de seu dia-dia, pois Jesus não ficou no altar,
mas está dentro de cada um de nós.
Estamos fortalecidos e prontos para vivenciar a
salvação . Olhando o mundo de nova maneira, acolhendo bem a todos os
irmãos, praticando a caridade e fraternidade, principalmente com os
excluídos deste mundo, aos doentes, presos, marginalizados e com aqueles
que não conhecem a Jesus, ensinando-os a conhecê-lo. Só ai a Santa
Missa terá o verdadeiro sentido e nos fará caminhar e aproximar-nos cada
vez mais da vida eterna junto à Santíssima Trindade.
9. Considerações Gerais sobre a Santa Missa
A Missa é uma oração, a melhor das orações; a rainha,
como dizia São Francisco de Sales. Nela reza Jesus Cristo,
homem-Deus. Nós temos apenas de associar-nos.
“O que pedirdes ao Pai em meu nome Ele vo-lo dará”, disse Jesus (Jo 16,23).
São João Crisóstomo disse: durante a Missa nossas
orações apoiam se sobre a oração de Jesus Cristo. Nossas orações são
mais facilmente atendidas, eficazes, porque Jesus Cristo as oferece ao
seu eterno Pai em união com a sua.
Os anjos presentes oram por nós e oferecem nossa
oração a Deus. É o presente mais agradável que podemos oferecer à
Santíssima Trindade. Cada Missa eleva nosso lugar no céu e aumenta
nossa felicidade eterna. Cada vez que olhamos cheios de fé para a Santa Hóstia, ganhamos uma recompensa especial no céu.
Entretanto, se não conhecemos o seu valor e
significado e repetimos as orações de maneira mecânica, não usufruiremos
os imensos benefícios que a missa traz.
Reflitamos um pouco mais sobre a forma de como cada um participa da Missa lendo a seguinte história:
Numa certa cidade, uma bela catedral estava sendo
construída. Ela era inteiramente feita de pedras, e centenas de
operários moviam-se por todos os lados para levantá-la. Um dia, um
visitante ilustre passou para visitar a grande construção. O visitante
observou como aqueles trabalhadores passavam, um após o outro,
carregando pesadas pedras, e resolveu entrevistar três deles. A pergunta
foi a mesma para todos.
O que você está fazendo?
- Carregando pedras, disse o primeiro.
-
Defendendo meu pão, respondeu o segundo.
- Mas o terceiro respondeu:
- Estou construindo uma catedral, onde muitos louvarão a Deus, e onde meus filhos aprenderão o caminho do céu.
Essa história relata que apesar de todos estarem
realizando a mesma tarefa, a maneira de cada um realizar é diferente.
Assim igualmente acontece com a Missa. Ela é a mesma para todos, contudo
a maneira de participar é diferente, dependendo da fé e do interesse de
cada um:
-
Existem os que vão para cumprir um preceito;
-
Há os que vão à Missa para fazer seus pedidos e orações;
-
E há aqueles que vão à Missa para louvar a Deus em comunhão com seus irmãos.
Resumindo para compreender melhor cada parte da Missa:
-
Na entrada, ato Penitencial, Glória, Oração, nós falamos com Deus.
-
Na Liturgia da Palavra que compreende as 2 leituras, o Evangelho, a Homilia (Sermão), Deus fala conosco.
-
A Liturgia Eucarística: Ofertório, Oração Eucarística e a Comunhão é o Coração, o Centro da Missa.
- No ofertório nós apresentamos nossas oferendas, o nosso amor, o nosso ser representados pelo pão e vinho.
- Na oração Eucarística, Jesus consagra nossas oferendas e nos leva consigo até Deus.
- Na comunhão, Deus nos devolve esse Dom. Ao nos unirmos à Cristo
unimo-nos também a todos que estão “em Cristo”, aos outros membros da
Igreja.
- Devemos medir a eficácia das nossas comunhões pela melhora no nosso
modo de ser e agir. (Leituras recomendadas: Mt 26,26-28; Mc 14,22-24; Lc
22,19-20; I Cor 11,23-29)
-
No Rito final Deus nos abençoa e Jesus vai conosco para termos uma vida santa, iluminada pelo Espírito Santo.
10. Preparação do altar para celebração da Santa missa
-
Altar: representa
a mesa que Jesus e os Apóstolos usaram para celebrar a Ceia na
Quinta-Feira Santa. O altar representa a mesa da Ceia do Senhor. Lembra
também a cruz de Jesus, que foi como um “altar” onde o Senhor ofereceu o
Sacrifício de sua própria vida. O altar deve ter o sentido de uma mesa
de refeição para celebrar a Ceia do Senhor.
-
Toalha: lembra
a dignidade e o respeito que devem ao altar. Geralmente branca,
comprida. Deve ser limpa, condizente com a grandeza da Ceia do Senhor
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Sacrário: é onde ficam guardadas as âmbulas com Hóstias Consagradas.
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Ostensório: é onde se coloca a Hóstia Consagrada para Adoração dos fiéis.
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Lâmpada do Santíssimo Acesa: indica Jesus presente no sacrário vivo e real, como está no céu.
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Círio Pascal: é uma vela grande, benzida na cerimônia da Vigília Pascal (Sábado Santo). Indica “Cristo Ressuscitado”, “Luz do Mundo”.
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Carrilhão (sino): é acionado para maior atenção no momento mais solene da Missa, a Consagração.
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Cálice: Nele se deposita o vinho que vai ser transformado em sangue de Jesus. É feito de metal prateado ou dourado.
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Patena: é como um pratinho que vai sobre o cálice. Na patena é colocada a Hóstia Grande, do Celebrante.
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Sanguíneo: é uma toalhinha comprida, serve para enxugar o cálice onde estava o Sangue de Jesus.
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Pala: é uma peça quadrada, que serve para cobrir o cálice com o vinho.
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Hóstias: as
hóstias grandes e pequenas são feitas de trigo puro, sem fermento. A
grande o padre consagra para si, é a maior para que todos possam ver.
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Âmbula: é igual ao cálice, mas fechada com uma tampa justa. Nela colocam-se as hóstias dos fiéis que depois serão guardadas no sacrário.
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Galhetas: são
duas jarrinhas que contém água e vinho. O vinho é para a consagração. A
água serve para misturar no vinho antes da consagração, para simbolizar
a união da humanidade com a Divindade em Jesus, lavar os dedos do
celebrante e purificar o cálice e as âmbulas depois da comunhão.
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Manustérgio: é para enxugar os dedos do celebrante no Ofertório.
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Corporal: é
uma toalha branca quadrada, que vai no centro no altar. Chama-se
corporal porque sobre ela coloca-se a Hóstia consagrada que é o corpo do
Senhor.
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Missal: é o livro que o padre usa para ler as orações da Missa.
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Crucifixo: colocado no centro do altar, para lembrar o sacrifício de Jesus.
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Velas acesas: lembra Cristo luz do mundo. A Missa só tem sentido para quem tem fé.
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Flores: as flores simbolizam beleza, amor e alegria.
TÚNICA: É um manto geralmente branco, longo, que cobre todo do corpo. Lembra a túnica de Jesus.
ESTOLA: É uma
faixa vertical, separada da túnica, a qual desce do pescoço, com duas
pontas na frente. Sua cor varia de acordo com a Liturgia do dia. Existem
quatro cores na Liturgia: verde, branco, roxo e vermelho. Representa o
poder sacerdotal.
CASULA: Vai sobre
todas as vestes. É uma veste solene, que deve ser usada nas Missas
dominicais e dias festivos. a cor também varia conforme a Liturgia do
dia.
A MITO: É um pano branco que envolve o pescoço do celebrante.
CÍNGULO: É um cordão que prende a túnica à altura da cintura.